pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Crônica: O maior forró pelo que eu ouvi dizer é o de Serra Branca você pode crer
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quarta-feira, 20 de junho de 2018

Crônica: O maior forró pelo que eu ouvi dizer é o de Serra Branca você pode crer





José Luiz Gomes


Todos os anos, durante os festejos juninos, trava-se uma verdadeira batalha de comunicação entre as cidades de Caruaru e Campina Grande, no sentido de se saber quem realiza o maior São João do mundo. No geral, na realidade, essas duas cidades realizam, de fato, grandes festejos juninos, embora hoje já bastante descaracterizados, em razão das atrações que se apresentam nesses eventos, sem qualquer identidade cultural com as tradições de um autêntico forró pé de serra. São os safadões da vida, que estão em todas. Do Have Metal ao velório. Não faz muito tempo, li uma postagem numa dessas redes sociais, onde o internauta citava todas as atrações de uma dessas festa, para depois perguntar: É isso que eles chamam de forró? É coisa para deixar o Ariano irritado, numa de suas aulas espetáculos, hoje ministradas num outro plano.
 
Não vou aqui me colocar como quem deseja estragar seu rala bucho, mas convém ficar atento, sim, em relação à sua segurança. A cidade de Caruaru rendeu mais de uma matéria em jornais do sul, e não foi por sua grande festa de São João, mas pelos altos índices de violência. Campina Grande vai no mesmo diapasão, uma vez que são cidades que guardam muitas semelhanças e essas semelhanças, infelizmente, também convergem no quesito insegurança, notadamente em algumas modalidades de delitos, como crimes violentos contra a vida, assim como assaltos e roubos de vans que transportam sacoleiros.
 
A confraria, todos os anos, procura fugir um pouco desses eventos estilizados, escolhendo outros espaços que, não raro, oferecem condições de diversão até melhores nessa época do ano, como é o caso, por exemplo de Serra Branca, a rainha do Cariri paraibano. A cidade, normalmente, se prepara muito bem para receber os visitantes nesse época do ano. Seu centro é relativamente pequeno: uma praça e uma torre de igreja, dessas que ofereciam as condições ideais para os ataques do bando de Lampião. Mas, a cidade também oferece os seus "escondidinhos", ou seja, espaços menos concorridos, onde se pode ficar mais à vontade, como um bom restaurante de comidas regionais, localizado em seu perímetro essencialmente rural, bem próximo à famosa pedra branca que dá nome à cidade.
 
Ali se come bem, se dança ainda melhor, no zabumba de um autêntico forró pé de serra até altas horas da madrugada. É chililique, chililique, chililique, da poeira levantar. É chililique, chililique, chililique, da poeira levantar.Se a gente quer um repique, o cabra no zabumba dá, Trio Nordestino. É para lá que vai a turma da Confraria. Arnaldo já bateu o martelo e, quando Arnaldo decide, está decidido.

P.S.: O título da crônica acima é uma licença poética da letra da música do Trio Nordestino. Serra Branca está localizada a pouco mais de uma hora de viagem da cidade de Campina Grande. Uma hora e trinta minutos para os mais prudentes. Você chega até lá pela BR 412 ou pela PB 138, esta última melhor conservada. Do lado esquerdo da igreja há uma placa indicativa sobre a rota que se deve tomar para se chegar ao restaurante que fica bem próximo à grande pedra que dá nome a cidade. É lá que tudo acontece.

 
 
 

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