pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A metáfora do mal
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sábado, 23 de junho de 2018

Editorial: A metáfora do mal

 

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
 
  
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza um grande esforço no sentido de viabilizar o relaxamento de sua prisão, assim como assegurar sua candidatura nas próximas eleições de 2018, se elas, de fato, ocorrerem. Ainda ontem, segundo vazou, forças do obscurantismo e dos estertores da politica nacional estiveram reunidas secretamente, para tratarem de assuntos de natureza, certamente, nada republicanos. Diante de inúmeras refregas, Lula reforçou o seu staff de advogados de defesa, incluindo no elenco o ex- ministro do STF, Sepúlvida Pertence. Esperava-se, portanto, que as coisas pudessem melhorar para o ex-presidente, notadamente em razão da experiência, capilaridade e incontestáveis saberes jurídicos do ex-ministro. Isso, infelizmente, não está ocorrendo.

Os críticos insistem que o problema é de natureza técnica, ou seja, falta uma argumentacao jurídica convincente. Nós aqui continuamos batendo na tecla da natureza política do julgamento das ações que envolvem o ex-presidente, não existindo, assim, argumentos jurídicos capazes de demover essa lógica. É aquilo a que a filósofa Márcia Tiburi identifica como a metáfora do mal, ou seja, demonizar o PT e os petistas, associando a eles todas as mazelas nacionais. O grande inimigo identificado é o lulopetismo. É contra essa metáfora que se insurge a filósofa Márcia Tiburi. Marcia, até recentemente esteve filiada ao PSOL. Dizem que esta identidade com Lula, assim como o seu propósito de se contrapor à metáfora do mal é o que a levou a não apenas deixar a agremiação psolista e filiar se ao PT, mas igualmente apresentar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro, nas próximas eleições previstas para 2018.

Quem acompanha o blog, já leu muitos artigos da filósofa, aqui publicados com certa regularidade. Não apenas nos afinamos com suas posições, mas acreditamos e torcemos pelo êxito de sua candidatura, identificada com os anseios de republicanismo e cidadania hoje tão ausentes na arena carioca, dominada, há anos, por uma trupe de fazer inveja ao Al Capone. No seu último artigo aqui publicado, por exemplo, ela comenta a morte do jovem Marcos Vinicius, assassinado na favela da Maré, quando voltava do colégio, numa ação desastrada das forças policiais. Um Estado que mata, quando deveria proteger e oferecer as condições de cidadania aos jovens. Na jugular, Márcia. 



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