A decisão do Ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, impondo medidas disciplinadores no que concerne às concessões e prestação de contas de emendas parlamentares, muito provavelmente, desagradou setores do parlamento, que passaram a enxergar na medida eventuais digitais do Palácio do Planalto. A tensão chegou a tal ponto que lideranças do governo fizeram uma declaração em conjunto, liderada pelo Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmando que não tiveram nada a ver com isso.
Permanecem as rusgas, no entanto, a despeito do acerto da medida tomada pelo Ministro Flávio Dino. A recusa do parlamento em relação ao tema só reforça a convicção de que não estamos tratando aqui de interesse público, mas de interesses bem particulares, que atendem às conveniências de turno. Houvesse um pouco de espírito público e eles entenderiam que precisam prestar contas de suas ações à sociedade, e o instituto da transparência é um dos requisitos fundamentais do homem público.
Nesse jogo de escaramuças de parte a parte, não se sabe o que virá por aí, mas as chantagens estão na ordem do dia entre o arsenal usado nessas ocasiões. Desafeto declarado de setores bolsonaristas de oposição, a parte mais barulhenta por sinal, as críticas ao ministro se intensificaram nos últimos dias, depois da decisão.
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