No Recife, alguns candidatos à Prefeitura da Cidade do Recife emitem algumas pistas acerca de como vão se posicionar em relação ao principal concorrente entre eles, o atual gestor, João Campos(PSB-PE), que ocupa hoje uma condição privilegiada nas pesquisas de intenção de voto, podendo liquidar a fatura ainda no primeiro turno daquelas eleições. João Campos concorre à reeleição, mas sugere-se que o seu grande projeto político é habilitar-se, uma vez eleito, às eleições de 2026, onde disputaria o Governo do Estado, possivelmente com a atual governadora, Raquel Lyra(PSDB-PE), que deve tentar a reeleição.
Assim, deixaria na Prefeitura do Recife o seu vice, Victor Marques, um ator político ainda pouco conhecido dos recifenses. Ao apagar das luzes do prazo de desincompatibilização estipulado pela Justiça Eleitoral, Victor Marques filiou-se ao PCdoB, partido que passou por uma decomposição ideológica gigantesca nos últimos anos. O comunismo do partido ficou apenas na sigla. Quem ainda se mantém fiel aos princípios do Marxismo\Leninismo é o PCB, o antigo Partidão. Curioso como, uma vez anunciado, começaram a surgir uma série de especulações em torno do nome do rapaz. Teria competência técnica e política para tocar o Recife na ausência de João Campos? Estaríamos diante de uma ameaça comunista, como sugerem os bolsonaristas?
A estratégia do prefeito no sentido de indicar sua filiação ao PCdoB teve como propósito inseri-lo no contexto da federação que reúne, além do PSB, o PV, o PT e o PCdoB. Uma engenharia política complicada, uma vez que o rapaz não é aquele militante comunista genuíno, tampouco sugere-se que os comunistas tomarão conta da Prefeitura da Cidade do Recife na ausência de João Campos. Em princípio, são infundadas as advertências dos bolsonaristas em relação ao assunto, sugerindo o temor de um espectro comunista rondando o Palácio Capibaribe.
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