No primeiro debate organizado pela Rede Bandeirantes, apesar dos protestos, a candidata do Partido Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, não foi convidada. O juiz que julgou o caso considerou procedentes as alegações da emissora paulista sobre a representatividade parlamentar da legenda, que não atendia aos requisitos estipulados pela própria Justiça Eleitoral. Mesmo assim, a observância rígida às questões de ordem legal, deixou muita gente indignada com a ausência da candidata durante o primeiro de debate. No dia de ontem, 15, o jornal O Estado de São Paulo, juntamente com o Portal Terra e as Faculdades FAAP, realizaram, em conjunto, o segundo debate entre os candidatos que concorrem à cadeira do Edifício Matarazzo, desta vez com a presença da candidata do Novo.
Uma primeira observação é que ficou nítida a preocupação da candidata em se apresentar ao eleitorado, possivelmente em razão de ser ainda pouco conhecida. Marina é economista, tem mestrado e expertise em políticas públicas, é servidora pública federal e tem proposta para gerir os destinos da cidade. Seu perfil vai do centro para direita do espectro político. Não esconde suas simpatias pelo bolsonarismo. Houve um momento em que ela chegou a defender a gestão de Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia. Pelo andar da carruagem política, a campanha pela Prefeitura de São Paulo será marcada pela ênfase nas agressões pessoais entre os postulantes e menos pelo debate que, de fato, importa à pólis.
O drama da Cracolândia voltou a ocupar as atenções dos candidatos nos momentos em que as propostas para a gestão da cidade estiveram na pauta das discussões. A violência, segundo pesquisas realizadas, é o tema que mais preocupa os paulistenses nessas eleições. Neste aspecto é bastante conhecida a agenda da direita sobre o tema, que prima pela radicalização das penas e tolerância zero contra os criminosos. Marina vai neste mesmo raciocínio. Mesmo que haja discordâncias de ponto de vista, é salutar que um candidato se apresenta ao eleitorado com o seu programa de governo. Pode-se concluir que a candidata fez o dever de casa. Esteve bem durante o debate.
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