Recife hoje amanheceu sem o serviço de transporte coletivo. Os leitores podem bem dimensionar os transtornos produzidos em razão da paralisação de um modal de transporte coletivo numa segunda-feira. As principais universidades já anunciaram que irão suspender suas aulas, minimizando os danos para os estudantes. Todos os anos, mais ou menos por essa época do ano, o fato se repete. Os acordos entre rodoviários e empresários de transporte só são costurados depois de um período de greve, com a mediação da Justiça que, geralmente, em princípio, estabelece alguma regras no sentido de minimizar os problemas enfrentados pelos usuários, determinado que parte da frota volte ao serviço.
A premissa é que, mesmo em tempos normais, os serviços são caros, ruins e perigosos. Há muitas insatisfações por parte dos usuários. Conforme comentamos no dia de ontem, este é um fenômeno praticamente generalizado, ocorrendo em todo o país. Difícil alguém apontar onde os serviços de transporte coletivo são de boa qualidade no país, sobretudo no que concerne ao respeito aos usuários. Nos debates que acompanhamos acerca das próximas eleições municipais, este tema dominou maior parte das discussões entre os concorrentes que disputam o voto do eleitor para gerir o destino das principais metrópoles.
No Recife, nos últimos meses, os assaltos ocorridos dentro dos coletivos tem dado sua contribuição para agravar os problemas de violência urbana, ampliando seus índices. Numa eleição municipal, a vida cotidiana do eleitor cumpre um papel determinante na hora de ele depositar o seu voto na urna. Vamos torcer que uma solução seja encontrada para o problema.
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