Possivelmente, o senador Cristóvam Buarque seja o parlamentar que mais se aprofundou no tema da educação básica no Brasil. Na condição de parlamentar e professor, participou de vários debates na Fundação Joaquim Nabuco, sempre acompanhado atentamente por um auditório formado por professores, gestores educacionais e profissionais ligados às ONGs. Posso dizer que acompanhei toda a trajetória de Cristóvam Buarque, quando ele era apenas um professor a procura de leitores para os seus livros que, aliás, tenho todos, inclusive alguns autografados. Foi em sua gestão no Ministério da Educação que o ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra, foi indicado para assumir o comando da Fundação Joaquim Nabuco, o que explica sua presença assídua naquele espaço público. Com a sua experiência e conhecimento sobre o assunto, afirma, com todas as letras que, colocar hoje 10% dos recursos federais para a educação - como querem as entidades de classe - seria jogar dinheiro fora. Embora o pleito seja justo, nas atuais condições de gestão da educação básica no Brasil, ele tem razão. Se tais recursos não forem acompanhados de outras medidas -até mais importantes - nada mudará no quadro precário do nosso ensino básico. Quem iria fazer o festa são os larápios do erário, que já colocaram o FUNDEB como a rubrica onde mais se desvia recursos federais no país.
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