Em todas as eleições - essa não seria diferente - põe-se em xeque a
credibilidade dos Institutos de Pesquisas. Penso que já existe uma vasta
reflexão sobre o assunto, inclusive
algo no sentido de disciplinar a relação desses institutos com os
governos para, exatamente, salvaguardar sua credibilidade. O que se
comenta é que, de fato, existem pesquisas "sob medida", encomendadas de
acordo com os interesses dos contratantes, portanto, fabricadas. Vocês
já podem imaginar os efeitos desses dados manipulados acompanhados de
uma arrojada de campanha de marketing institucional, capaz de fazer crer
que urubu é meu louro. Um "Estado Espétaculo". Pois muito bem. Em razão
de suas relações com o Governo Federal, os dados apresentados pelo
IBOPE sempre mereceram críticas acirradas. Essa é uma discussão longa,
onde, possivelmente, o debate exigiria muita tinta. Independentemente
dessas ilações, no entanto, a turma dos anões, certamente, não teria
muito que reclamar, até porque permanecem no andar de baixo,
estacionados, já faz algum tempo, pelos índices medidos por vários
institutos. Essa última observação se aplica ao governador de
Pernambuco, Eduardo Campos. Surpresa mesmo apenas a crescente
performance do Pastor Everaldo, apontado em empate técnico com o
governador. Pelo menos neste caso, vale a observação do marqueteiro do
Planalto de que no andar de baixo haveria uma briga entre anões. Eles
iriam se comer. O pastor Everaldo aparece com 3% das intenções de voto,
enquanto Eduardo Campos crava 6%. Quando se considera a margem de erro,
para baixo ou para cima, ambos circulam em 5%.
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