O candidato Eduardo Campos continua endurecendo suas críticas contra a presidente Dilma Rousseff, sem que a própria ou o PT se pronunciem sobre o assunto. Ele está jogando abaixo da linha da cintura. Durante o período de carnaval, em visita a uma cidade do interior, no calor da multidão que o acompanhava, afirmou que Dilma estava de "aviso prévio", uma expressão infeliz e desrespeitosa. Mas recentemente, já então nos salões nobres do empresariado nacional, afirmou que a presidente "não sabia de nada" e conduzia uma nau sem rumo. Eduardo precisa urgentemente pagar uma disciplina de Análise de Discurso. O antropólogo Renato Pereira que poderá vir a compor o seu staff de campanha, quem sabe não poderá ajudá-lo nesse sentido. Confesso que ainda não entendi essa sua estratégia de se apresentar ao eleitorado como um político "novo", sintonizado com a "agenda das ruas". Fica cada vez mais parecendo que ele está falando para setores - bem conhecidos nossos - que, de fato, estiveram nessas manifestações, mas com propósitos bem preocupantes, chocando o ovo da serpente, incentivados por forças reacionárias. Seu projeto vai do centro para direita, arregimentando em torno de si gente muito perigosa, sem compromissos efetivos com a normalidade democrática. A Polícia Militar do Estado baixou a lenha nos manifestantes e, agora, seu candidato ao Governo do Estado recebe de presente camisetas do Movimento Passe Livre. Parem o trem da política pernambucana que eu quero descer. Aliás, há um vereador do PPS que recentemente fez um contorcionismo linguístico enorme para justificar o apoio daquele partido ao candidato Paulo Câmara. O menino tem bons professores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário