Na deácada de 40, quando se discutia a possível emancipação política de
Paulista, o interventor Agamenon Magalhães - o carrasco de Getúlio
Vargas no Estado - teria se questionada se o então distrito de Olinda
mereceria a condição de ser chamada cidade, dada a onipresença de uma
única oligarquia que controlava a cidade. Parafrasenado o escritor
Gilberto Freyre, no seu "Nordeste", numa referência aos senhores de
engenho de Pernambuco à época, essa oligarquia à qual se referia
Agamenon, era dona das terras, das matas, do porto, do campo de aviação,
das máquinas, dos rios, da Igreja, das casas, da fábrica e, não menos
ainda, das melhores mulheres. Na realidade, até os nossos dias, Paulista
nunca consegiu se livrar dessa herança maldita. O pandemônio que está
ocorrendo na Câmara Municipal é um exemplo disso. A casa de Torres
Galvão se assemelha mais a uma rinha do que propriamente o espaço por
execelência do poder Legislativo Municipal. O Executivo, então, como já
era previsto, realiza a política mais fisiologista possível. Os
secretários utilizam os cargos para se promoverem e se prepararem para
as próximas eleições. Há um deles cujo programa de governo consiste em
merendar com professores, tomar café da manhã nas escolas e posar para
as fotos do Facebook. Isso poder dar certo? Em 10 anos de gestão
socialista, volto a repetir, não se conhece um único projeto
estruturador para a área de educação, essencialmente capital para os
interesses futuros do município. O resultado disso é que o nosso
desempenho no IDEB é vergonhoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário