Lula é uma pessoa muito leal. Recebeu o apoio e a solidariedade do Dr.
Arraes quando explodiu o suposto escândalo do mensalão. Jamais deixou de
ser-lhes grato, gratidão que acabou
dispensado ao neto, o governador Eduardo Campos, carreando um montante
expressivo de recursos públicos da União para o Estado, além de ter
participado de negociações no sentido de estimular investimentos
privados em Pernambuco. Foi apunhalado pelas costas. O punhal mais
profundo, na expessão de Paulo Henrique Amorim. Em relação a Dilma
Rousseff, quando deixou a Presidência da República, uma de suas maiores
preocupações seriam as urdiduras que poderiam ser perpetradas pelos
urubus voando de costa, aqueles que tentatam apeá-lo do poder. A lista é
grande. Agripino, Tasso, Perillo, Jarbas, entre outros. Empenhou-se
pessoalmente para que alguns deles não fossem eleito. Em alguns casos
foi bem-sucedido. Em outros, não. O que se observa agora, no momento das
articulações em torno da abertura de uma CPI da Petrobras, é que a
fauna vem crescendo bastante, nos facultando listar os urbubus voando de
costa da Era Dilma, alguns deles da própria base aliada. Certamente,
Lula já previa do que essa gente seria capaz. Essa CPI tem propósitos
claramente políticos, e pior, envolvendo atores que, até bem pouco
tempo, negociaram o patrimônio nacional a preço de banana podre, no
final de feira, lá pelas cinco horas da tarde, quando os comerciantes
passam a verder por tuia, porque não compensa levar de volta a
mercadoria. Isso se aplica, por exemplo, ao colosso da Vale do Rio Doce.
Algumas dessas figurinhas carimbadas estariam por trás das mobilizações
em torno da abertura da CPI, sob o argumento do péssimo negócio
autorizado por Dilma em relação à refinaria de Pasadena.
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