Dilma nunca demonstrou qualquer traquejo para o meio de campo da política. Atender telefonemas, barganhar aprovações de projetos de interesse do Governo em nome da liberação de emendas, nomeações no Diário Oficial, definitivamente, nunca esteve entre as suas preocupações. Deve ser um verdadeiro inferno para a presidente suportar essa tal governabilidade imposta pela presidencialismo de coalizão brasileiro. Dá pena vê-la submetida ao jogo pesado daquelas raposas do PMDB. Outro dia chegamos a perguntar o que a faz concorrer a um segundo mandato. Somente o dever cívico e suas convicções de dar continuidade ao legado social deixado pelo amigo Lula. Incorrigível. Dizem que até o Lula a teria aconselhado a uma flexibilidade nesse sentido. Em vão. Para completar o enredo, escolheu muito mal seus assessores para essa missão. Agora, acabo de ser informado que Ricardo Berzoini irá assumir a tarefa de articulador político do Planalto. Possivelmente, a escolha teve um dedo de Lula, diante dos focos de incêndios que estão surgindo em Brasília. Talvez os extintores estejam sendo acionados um pouco tarde. Antes tarde, do que nunca. Berzoini tem um perfil completamente diferente ao de Dilma. Antes mesmo de ser indicado, já agia nos bastidores, conversando com os principais incendiários da base aliada. A escolha é boa. Vamos aguardar os resultados.
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