Outro dia alguém comentava, aqui mesmo pelo Facebook, sobre os dilemas
de nossa democracia representativa. Um arcabouço institucional moderno
convivendo com práticas arcáicas,
típicas de uma republiqueta colonial. Pois muito bem. Bastou o senador
Jarbas Vasconcelos anunciar que seria candidato a Deputado Federal nas
próximas eleições e já se sabe quais seriam os currais (ops!, digo,
cidades) onde os prefeitos seriam recomendados a votarem no candidato. É
nesse aspecto que fica bastante complicado invocar esse discurso de
"Nova Política", num contexto onde as velhas práticas coronelistísticas
de loteamento de currrais eleitorais é um contidiano que salta aos
olhos. Quando Sérgio Guerra faleceu uma das primeiras preocupações era
saber quem herdaria seu espólio político, um séquito de prefeitos que
seguiam as suas orientações. Sua filha ainda esboçou o desejo de
concorrer, mas logo desistiu ao perceber que as bases do pai já haviam
sido minadas. No final de dácada de 40, Victor Nunes Leal escreveu um
ensáio que permanece perene até nos nossos dias: Coronelismo, Enxada e
Voto. Como sair dessa enrascada?
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