A Polícia Federal entra numa etapa definitiva em relação ao esclarecimento sobre o assassinato da ativista política Marielle Franco e do seu morotista, Anderson Gomes. Sabemos em que circunstâncias a vereadora e seu motorista foram assassinados, assim como quem os executou. Em delação premiada, o ex-policial Élcio de Queiroz entregou o policial Ronnie Lessa e o ex-bombeiro Maxwell. Agora a polícia e o Ministerio Público trabalham com a possibilidade de o ex-policial Ronnie Lessa entrar no programa de delação premiada e, igualmente, emendar os fios do novelho da trama criminosa que ceifou a vida da vereadora.
Hoje se sabe, por exemplo, que o trabalho da vereaora nos morros cariocas prejudicavam os interesses das milícias com atuação naqueles bairros, daí a motivação de sua morte. Como a milícia está entranhada no aparelho de Estado, tais interesses são complexos, envolvendo, inclusive, os interesses eleitorais. Há atores políticos ocupando espaço no Poder Legislativo tendo como suporte os colégios eleitorais controlados pela milícia. O material recolhido durante as operações de busca e apreensão podem ajudar bastante neste processo, mas nada como um passarinho cantando como um canário belga.
Vamos aguardar o trabalho sério que está sendo conduzido pela Polícia Federal, sob os auspícios dos ventos republicanos que sopram do Ministério da Justiça. Em poucos meses de Governo Lula podemos comemorar os avanços alcançados nessas investigações. Hoje o homem mais procurado pelas redes sociais é um tal porteiro que andou ouvindo vozes e depois sumiu.
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