Alguns crimes violentos ocorridos no Brasil nos últimos anos estão, inexoravelmente, asociados à proliferação desses clubes de tiros que se espalharam pelo país, depois das facilidades criadas pelo governo anterior. Não arrisco projeções relativas ao aumento da violência uma vez que seria necessário uma investigação mais efetiva. Por outro lado, convém desconfiar das intenções de quem distribue armas, aos invés de livros, equipamentos culturais, educativos, esportivos, recreativos e coisas do gênero. Lula, que em alguns momentos foi infeliz em suas falas, desta vez acertou em cheio ao afimar que deseja construir democracia e não uma guerra ou uma revolução.
Quem deseja construir ou consolidar uma democracia não sai por ali distribuindo armas para a população, exceto em casos extremos, quando se trata de defendê-la, como já ocorreu historicamente em Cuba, quando o comandante Fidel Castro armou os carvoeiros para lutarem em defesa da ilha, quando ela estava sendo invadida por mercenários armados pela CIA, nas históricas batalhas da Baía dos Porcos.
Espero que os bolsoristas radicais não leiam esse blog. Eles não iriam concordar com a nossa avaliação da Ilha cubana e, muito menos ainda, com a nossa anuência às determinações de Lula no sentido de restringir esses clubes de treinamentos com o uso de armas, excentuando os casos em que tais treinamentos se aplicam, ou seja, as academias militares e das polícias. Bola dentro do morubixaba.
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