Na próxima semana, Lula deverá tomar decisões delicadas sobre a sua equipe de Governo. Há duas situações em relação às quais poderíamos até cobrar do petista essas decisões, como, por exemplo, nos casos em que se tratasse de mau desempenho de seus titulares ou, mais grave, por algum ato não condizente com as boas práticas exigidas na condução dos negócios de Estado. As mudanças que Lula objetiva fazer em sua equipe, entretanto, não se configuram em nenhum desses casos.
Elas estão relacionadas a uma acomodação política, para atender as circunstâncias impostas pelo presidencialismo de coalizão, que põe sempre em xeque ou reduzem sensivelmente as margens do governança do Poder Executivo. Segundo alguns analistas, a decisão já está tomada pelo morubixaba petista, pois ele já estaria tratando os novos companheiros do Centrão como ministros do seu Governo. Seriam favas contadas, portanto, como se diz aqui no Nordeste.
O nó-górdio desse arranjo é que Lula vai precisar cortar na própria pele, entregando alguns cargos àquele agrupamento político. Como o jogo é pesado, aqui entram várias questões, inclsuive as questões provincianas, ou seja, até a cabeça de desafetos paroquiais entram nesse jogo. Estados como Piauí e Alagoas estão nessa alça de mira, uma vez alguns desafetos políticos de membros do Centrão estão ocupando espaço na Esplanada dos Ministérios. É uma pena mesmo que estejemos submetidos a esses caprichos políticos impostos por esse tal presidencialismo de coalizão.
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