É mais ou menos isso o que se sugere a partir de uma decisão do TCU informando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ficar com o relógio presenteado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, avaliado em mais de R$ 80.000,00. Diante da polêmica gerada em torno das joias doadas pelo Governo da Arábia Saudita ao Governo Brasileiro, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta última reunião ministerial, o presidente Lula anunciou que irá creditar o presente como patrimônio da União. Hoje, dia 10, a Polícia Federal concluiu que a decisão do TCU em relação ao relógio de Lula não interfere em nada no inquérito em andamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Vamos ser bastante francos por aqui. No Governo Bolsonaro o país passou por uma verdadeiro apagão republicano ou institucional. Apenas a ponto do iceberg nos permitem chegar a tais conclusões. Veja-se o caso das joias doadas, do uso do cartão corporativo, dos cartões de vacinação supostamente adulterados. A decisão do TCU atiçou as hordas bolsonaristas pelas redes sociais, no sentido de apontar que o ex-presidente, diante da resolução tomada pelo órgão de controle e fiscalização, isentaria Bolsonaro das encrencas jurídicas das joias.
Diante do pronunciamento da PF, não é bem assim. Aliás, essa questão das joias é um rolo dos diabos. Vários ex-assessores do ex-presidente também receberam seus presentinhos avaliados em milhares de dólares, geralmente relógios caríssimos. Assim como o ex-presidente, eles também têm um problema a resolver. A decisão tomada pelo presidente Lula foi no sentido de minimizar as polêmicas em torno do tema. Em todo caso, possivelmente os advogados do ex-presidente Bolsonaro adotarão a decisão do TCU como peça de defesa.
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