Infelizmente, alguns homens públicos deste país passaram a dar péssimos exemplos à sociedade. Neste momento, poderiam usar de sua posição e influência para contribuir no sentido de arrefecer os ânimos exaltados de alguns grupos de apoiadores de políticos que participaram desta última eleição. Há um processo de histeria coletiva, produzindo danos sociais, políticos, institucionais e econômicos evidentes, com práticas e atitudes que ferem os princípios da boa e saudável convivência democrática. Numa democracia representativa eleição não se ganha no grito, mas nas urnas. Seu resultados, por sua vez, devem ser respeitosamente acatados. Infelizmente, não é este o cenário que estamos presenciando no país, com mobilizações e concentrações nas ruas, bloqueios de estradas, agressões a adversários e até mesmo às autoridades do Poder Judiciário, como se viu, mais recentemente, em Nova York, quando membros do STF foram agredidos durante um evento.
Até recentemente, circulou a informação de que o PL iria pedir a anulação da eleição de 2022. Não se sabe muito bem baseado em que, possivelmente motivada por uma dessas sandices que envolvem as infundadas especulações sobre fraudes nas urnas eletrônicas. Depois, desistiram do pleito, mas não abandonaram a ideia fixa. Deus te livre de uma ideia fixa, meu caro Valdemar. Antes um argueiro, antes uma trave nos olhos, como diria o nosso grande Machado de Assis, nosso maior romancista.
Agora surgiu mais uma dessas conversas, sem pé nem cabeça, de urnas antiga, que poderiam ser mais suscetível à violações. Difícil imaginar que são lideranças partidárias que estão dando vazão a esas teorias conspiratórias, alimentando a horda de partidários de um certo candidato que ainda não aceitaram os resultados de uma eleição conduzida pela TSE como a maior seriedade possível; dentro de parâmetros técnicos seguros; condução democrática, transparente e republicana. Eleição limpa, apuração concluída, resultados homologados por órgão de competência técnica e política, legitimado dentro do escopo de nossa democracia representativa. Caso encerrado.
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