Desde a campanha que já havia sido provocados alguns questionamentos acerca do papel exercido pela socióloga Rosângela Lula da Silva, a Janja, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No dia de ontem, através de um programa transmitido pela Globo News, canal por assinatura, tal questão atingiu o ponto máximo quando a jornalista Eliana Cantanêde, no momento de sua fala no programa, deu a entender que o papel de Janja deveria se limitar às quatro paredes, o que logo foi interpretado - pelos próprios companheiros - como uma postura equivocada, quando não de cunho machista e misógino.
Não temos elementos para afirmar qual a dimensão disso, mas é inegável a grande desenvoltura da socióloga em todas as fases de campanha e, porque não dizê-lo, nesta fase inicial de governo. Não sabemos, igualmente, qual o papel que Lula estaria reservando para a sua esposa no proximo governo, mas, pensando bem, talvez não seja ele quem irá definir isso, mas a própria esposa, que nos parece um mulher competente, ativa, cheia de disposição para o trabalho, com potencial para dar uma grande contribuição ao futuro governo. Portanto, tais qualidades precisam ser bem-utilizadas. Ao fim e ao cabo, quem irá definir o seu papel como esposa do presidente é a própria Janja. Chega de machismo.
Veja-se, por exemplo, a esposa do atual presidente, Jair Bolsonaro, Michele Bolsonaro. Na última campanha - não entendo porque os bolsonaristas ainda não estão convencidos de que isso já é coisa do passado - ela cumpriu um papel estratégico e fundamental junto a dois nichos eleitorais: o eleitorado evangélico e o eleitorado feminino. No primeiro nicho nem tanto, mas no segundo o presidente construiu algumas arestas que precisavam ser aparadas. Embora ele tenha perdido as eleições, ela exerceu com denodo tais missões, o que levou alguns analistas a admititem que ela construiu a capilarirade política necessária para tentar, por exemplo, viabilizar uma carreira solo, o que não seria de todo improvável.
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