O ex-governador Geraldo Alckmin pode dar uma grande contribuição ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva e seria uma insensatez deixar de contar com essa contribuição, fruto de sua longa experiência na vida pública. Ele jamais poderia ser mantido apenas como o avalista da Faria Lima no Governo Lula. Desde o início, Lula parece ter se dado conta desta condição do ex-governador paulista e procura encontrar seu espaço na formação da equipe. Alckmin, possivelmente, deverá ocupar um ministério. Em princípio, cogita-se o Ministério da Defesa, em razão de se perfil conservador, mais assimilável aos militares.
Prestigiando o vice, Lula já o indicou para coordenar a equipe de transição, que começa a trabalhar imediatamente, pois não há tempo a perder diante das circunstâncias. Como o futuro presidente ainda não anuciou a equipe, existem dois nomes cotados para ocupar a Casa Civil, Gleisi Hoffmann e o Aloízio Mercadante. Na dúvida, Geraldo Alckmin convidou os dois para participarem da primeira reunião envolvendo o Governdo de Jair Bolsonaro, representato pelo seu Ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o próprio Geraldo representando o futuro governo.
Indícios de irresponsabilidades fiscais são recorrentes, sobretudo depois que o governo abriu o cofre no período eleitoral. Outro grave problema são as verbas poupudas, comprometidas com este famigerado orçamento secreto. Depois, certamente, Lula desejará abrir a caixa-preta, o que se constitue numa grande dor de cabeça. Uma conhecida raposa da política pernambucana recomendava que nunca se deve informar que vai se abrir a caixa-preta. Não seria uma jogada política esperta. Primeiro, porque os dados comprometedores podem vir a ser deletados. Depois, porque se o novo governo não encontrar nenhuma irregularidade, estaria emitindo um certificado de ideoneidade para o governo anterior. O ex-governador do Distrito Federal, Cristóvam Buarque, lembrou deste "conselho' de Marco Maciel, num blog local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário