Nem sempre estamos bem inspirados, mas, com base em alguns recordações dos tempos de estudante, escrevemos um bom artigo sobre as relações civis-militares no país. Melhor seria dizer civis-militares e militares-militares no país, principalmente depois do processo de bolsonarização pelo qual as instituições brasileiras foram envolvidas. Como disse antes, em razão dos lugares de fala, preferimos mantê-lo em stand-by. Nossa cnclusão é a de que há ministros falando mais pelo governo do que pelo órgão que representam, o que se constitue num grande problema.
Neste sentido, aconselhamos imensamente uma reflexão produzida pelo jornalista José Casado, em sua coluna do site da revista Veja. Fazia tempo que não líamos um artigo tão lúcido envolvendo a questão dos militares no país, principalmente sob o bolsonarismo. Antes de qualquer outra coisa, o texto de José Casado é um texto "consequente', "responsável" que nos levam a refletir sobre o estágio a que chegamos depois de uma política deliberada de erosão de valores democráticos e cooptação ao autoritarismo, envolvendo as instituições militares.
O novo governo terá um trabalho imenso no sentido de colocar as coisas no lugar. O momento que vivemos no país exige que sejemos absolutamente consequentes. Não seria de bom alvitre semear discórdias, oferecer munições para os adeptos de atos antidemocráticos, gru pos insensíveis ou impermeáveis aos valores de uma democracia representativa. É muito salutar saber que os militares já estão se sentindo bastante incomodados com o assédio das vivandeiras, que não fazem a menor ideia sobre o que significa um regime de exceção.
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