Esse frenesi dos partidários do presidente Jair Bolsonaro no sentido de encontrar algum elemento capaz de por em dúvida a lisura das últimas eleições presidenciais está se transformando numa paranóia, causando grandes malefícios à sociedade. É impressionante como esse tal relatório das Forças Armadas foi explorado pelas hordas bolsonaristas no dia de ontem, quase que antecipando as suas conclusões sobre o processo de votação eletrônica. Escrevemos um longo texto sobre a bolsonarização da máquina pública brasileira - envolvendo o aparato de segurança e repressão do Estado -mas preferimos mantê-lo em stand by para não alimentar ainda mais essas polêmicas.
No artigo, chamávamos a atenção para a necessidade de se entender as circunstâncias e o perfil dos militares que manifestaram interesse em acompanhar o processo de apuração das urnas eletrônicas. As teorias conspiratórias dos bolsonaristas, que foi alimentata, pelas redes sociais, através de canal da Argentina, ontem foi parar no Japão, onde um especialista respeitado em segurança cibernética aponta eventuais problemas com as urnas eletrônicas. Ao fim e ao cabo, o relatório do Ministério da Defesa apresentado ao TSE sobre a integridade das urnas eletrônicas, constituiu-se numa grande decepção para os bolsonaristas, pois apenas confirmam a lisura, a integridade, a transparência da votação eletrônica, apontando eventuais pontos que podem vir a ser aprimorados.
A resposta do TSE ao Ministério da Defesa foi de uma diplomacia e de uma urbanidade singulares, mostrando a serenidade e o equilíbrio com que o ministro Alexandre de Moraes vem conduzindo os trabalhos naquela Corte. Nossa torcida é que essa marcha da insensatez dos bolsonaristas seja arrefecida e voltemos à normalidade. Vamos enrolar as bandeiras de campanha e empunhar as bandeirinhas para a torcida da Seleção Brasileira, que estréia na Copa do Catar, no dia 24.
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