Não raro, este assunto volta a ocupar espaço nas redes sociais. Trata-se uma matéria do jornal O Estado de São Paulo, abordando uma obra do Governo de Minas Gerais, orçada em R$ 41 millhões, com o propósito de recuperar as condições de tráfego de uma estrada. Ocorre que tal estrada passa na propriedade de um rancho da família Zema, do governador do estado, Romeu Zema(Novo-MG), daí ter gerado tanta polêmica. Zema tem um governo bem avaliado, tendo adotado no estado um modelo de gestão inovador, primando pelo enxugamento da máquina, racionalidade na aplicação dos recursos, combate a desvios e malversação de verbas públicas, entre outros ingredientes que se encaixam no figurino que compõem o escopo de uma administração, digamos assim, com verniz neoliberal ou modernizante.
Mais um motivo para o estranhamento de uma ação pública que deverá favorecer a sua nucleação familiar, algo não condizente com essa "racionalidade". Zema, inclusive, desponta como um dos possíveis herdeiros do espólio bolsonarista, constituindo-se, quem sabe, como um eventual candidato às eleições presidenciais de 2026. O governador mineiro se manteve equidistante durante o primeiro turno das eleições presidenciais passadas, mas, durante o segundo turno, emprestou seu apoio ao então candidato Jair Bolsonaro.
Ainda jovem, já se comporta como uma cevada raposa da política mineira. Com um olho no padre e outro na missa, circula pelos corredores da capital federal arregimentando apoiadores e novos filiados ao seu partido, o Novo. Um dos nomes sondados é o do ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, talvez um pouco desconfortável no União Brasil, sobretudo em razão do namoro da legenda com o Palácio do Planalto.
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