pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: As duas tendências eleitorais já verificadas para as eleições municipais de 2024.
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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Editorial: As duas tendências eleitorais já verificadas para as eleições municipais de 2024.



O site da revista Veja traz uma matéria bastante interessante sobre a tendência eleitoral das próximas eleições municipais de 2024. Nesta matéria, muito bem elaborada por sinal, inclusive contando a com consulta a especialistas da área de Ciência Política, aponta-se duas tendências de voto já verificadas neste momento. A primeira delas diz respeito a uma provável reeleição de alguns prefeitos que já conduzem a máquina, como é o caso de João Campos(PSB-PE), em Recife, Bruno Reis(UB-BA), em Salvador, Eduardo Paes(PSD-RJ), no Rio de Janeiro, João Henrique Caldas(PL-AL),em Maceió. Trata-se, neste caso, de uma tendência motivada muito mais por uma questão de avaliação de gestão, independentemente de ideologia, o que significa dizer que a renitente polarização política no plano nacional talvez não seja assim um fator indutor do voto do eleitor. De alguma forma, as eleições municipais sempre guardam alguma reserva em relação às contendas da capital federal. 

Esta característica, aliás, é um dos fatores determinantes nas eleições municipais, onde o eleitor vota a partir de uma experiência cotidiana, ou seja, até que ponto a gestão do prefeito esta contribuindo para a melhoria das condições de infraestrutura do seu bairro, da opção de lazer dos rebentos, de como ele está chegando ao trabalho. Dizem que saúde e segurança também passaram a integrar essa pauta, mas são políticas públicas em relação às quais o gestor municipal não conta com absoluta autonomia. Mesmo assim, dito pelo não dito, os principais concorrentes à Prefeitura do Recife já assumiram o compromisso de armar a guarda municipal. 

A outra tendência de voto diz respeito à opção do eleitorado por candidatos de centro-direita do espectro político. Isso ainda poderia preocupar partidos como o PSOL ou PSTU. Para o PT, por exemplo, isso já não seria mais um problema porque o partido já se encontra à direita de nossa esquerda. Essa premissa vale aqui para o Recife, onde o partido apoia a reeleição do atual gestor, João Campos. Essa conformação ideológica é tão interessante que há quem diga que os petistas mais - ou ainda - orientados ideologicamente talvez optem em votar na candidata do PSOL, Dani Portela. 

A ala mais pragmática e burocrática já entrou de sola na bacia semântica, como diria Gilbert Durand. E, por falar em PT, dizem que a estratégia que está sendo priorizada nessas eleições municipais, já de olho no cenário politico de 2026, seria a de formar um exército de vereadores, que interferem diretamente na formação de uma boa bancada de deputados, o que poderia facilitar a conjuntura de governabilidade num eventual quarto mandato de Lula. É a mesma estratégia que está sendo pensada pelos estrategistas do PL, de Waldemar da Costa Neto. O propósito é o de eleger mais de mil prefeitos, um batalhão de vereadores, sempre com o propósito de eleger um número expressivo de senadores e tomar a Bastilha do Senador Federal, de onde poderiam enfrentar o Poder Judiciário e criar as condições de uma anistia para o capitão. 

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