O nome para compor a chapa de reeleição do prefeito João Campos(PSB-PE) à Prefeitura da Cidade do Recife nas eleições municipais de 2024 já está definido. Trata-se do seu atual Chefe-de-Gabinete, Victor Marques, talvez um ilustre desconhecido no meio político. Os jornais de hoje trazem uma série de matérias sobre o assunto, especulando em torno da figura do jovem ungido para gerir os destinos dos recifenses a partir do momento, como se presume, da desincompatibilização de João Campos, uma vez reeleito prefeito do Recife em 2024, quando se habilitará a concorrer ao Palácio do Campo das Princesas.
Inútil as especulações ou buscas em torno do currículo do jovem Victor Marques. Assim como João, o rapaz é formado em Engenharia Civil pela UFPE, é filho de família com atividades políticas no interior do Estado. Trata-se de alguém da absoluta confiança do gestor, o que, nesses momentos de trapaças recorrentes já é de bom tamanho. Coube ao assessor manter a situação sob controle no Palácio Capibaribe, enquanto João Campos saia às ruas, realizando um conjunto de obras que o credenciariam a continuar gerindo os destino dos recifenses, a julgar pela aprovação da gestão e à expectativa de reeleição que se apresenta neste momento, quando atinge o escore de 75% da preferência dos eleitores.
Victor Marques é mais técnico do que político, embora a função ocupada de chefe-de-gabinete seja uma imersão no campo político. Victor não é um militante tradicional, a julgar pela própria filiação recente ao PCdoB, tão somente para viabilizar-se como herdeiro do espólio político do prefeito João Campos. Foi uma filiação circunstancial. Isso sugere que o prefeito adotou a mesma estratégia do pai, Eduardo Campos, quando optou por um técnico para substituí-lo como governador do Estado. Em meio a essas reações e especulações em torno do assunto, uma observação interessante, segundo dizem de um militante socialista local, argumentando que, diferentemente do pai, o ex-governador Eduardo Campos, João Campos nunca passou pela experiência de uma refrega eleitoral. Não teve a experiência de perder uma eleição.
A observação sugere que o rapaz possa estar de salto alto em alguns momentos, contando com a certeza absoluta de uma carreira política sem obstáculos pela frente. Na prática, se tal raciocínio procede, isso seria um problema porque este terreno é repleto de altos e baixos. As lições das adversidades fariam bem ao prefeito. As adversidades costumam formar pessoas de espírito elevado, o que se constitui num traço de personalidade importante no trato dos negócios públicos. Essa avenida política que se apresenta ou se imagina para o prefeito da capital, por outro lado, está sendo alicerçada numa grande capacidade de trabalho e autoconfiança. Amanhã pode chover, João?
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