O capitão Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo, durante a sua fala no encontro da CPAC, em Santa Catarina, sugere que o Governo Lula 3 não tem uma política efetiva de enfrentamento ao crime organizado. A afirmação mereceu uma resposta imediata do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que, depois de enumerar as ações do Governo nesta área nevrálgica da segurança pública, assinalou que o combate ao crime organizado é prioridade em sua pasta.
Não se poderia esperar outra coisa desse evento realizado pela extrema-direita no país, que reuniu a nata de bolsonaristas convictos. As críticas ao Governo Lula seriam inevitáveis, mais ou menos moderadas, segundo o palestrante. Javier Milei, que já havia soltado cobras e lagartos contra o presidente Lula, chegando ao limite do estoque de impropérios de deselegância, limitou-se, desta vez, a defender o presidente Jair Bolsonaro e criticar o socialismo.
O que preocupa nessa agenda paralela da oposição é, na realidade, seja dentro do parlamento, seja no exercício do poder executivo estadual sob o seu controle, a constituição de uma espécie de governo paralelo. Derrite, por exemplo, mencionou as ações conjuntas de combate ao crime organizado, encejadas pelos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, em sua percepção exitosas, mas sempre dentro de uma leitura de que tais ações sejam executadas à revelia das políticas públicas federais no tocante o tema, que, segundo ele, aliás, sequer existem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário