Para os leitores que nos dão a honra de acompanhar este blog, nenhuma surpresa. Será muito difícil, se não improvável, construir um consenso entre Governo e Oposição em torno do tema da segurança pública. Isso chega a ser mais grave do que os próprios problemas enfrentados nesta área, uma vez que as divergências entre o Governo Federal e os entes federados não poderiam construir um bom encaminhamento de eventuais soluções para os greves problemas enfrentados. Agora fica mais claro porque este tal de SUSP, tratado como o SUS da segurança pública, não decola.
O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, por razões naturais, é um entusiasta do SUSP, por vezes apresentado como algo sobre o qual estaria se construindo algum consenso em torno do assunto. O andar da carruagem política indica exatamente o contrário, desde questão simples, como as recomendações para a utilização de câmaras nos uniformes de policiais em operação, até em relação às questões de natureza mais complexa. A agenda do Governo é uma agenda distinta da Oposição.
Essa questão é tão séria que, mesmo numa eleição municipal, como a programada para 6 outubro, onde os assuntos do cotidiano do cidadão é que acaba ditando o seu voto, há uma penca de candidatos com propostas de armar a guarda municipal. Na Bahia, por exemplo, o segundo Estado mais violento do país, o candidato apoiado pelo PT, Geraldo Júnior, propõe criar uma Secretaria de Segurança Pública Municipal. Curioso, uma vez que ele é o vice governador de um estado que não conseguiu encontrar uma solução para o problema, ostentando altíssimos índices de violência. No mínimo contraditório.
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