Convém sempre tomar alguns cuidados quando se analisa as tendências de intenção de voto do eleitorado carioca. Em passado recente, tivemos algumas surpresas que impõem essas precauções. No momento, o prefeito Eduardo Paes(PSD-RJ) lidera, com folga, todas as pesquisas de intenções de voto. Paes reúne a seu favor uma séries de fatores: Pilota a máquina, tem uma boa aprovação junto à população e, não menos importante, celebra alianças ousadas, digamos assim, sem as amarras impostas pelas clivagens ideológicas. Assim, habilmente, ele vai costurando a sua liderança em todas as pesquisas até este momento, até mesmo com possibilidade de vencer as eleições ainda no primeiro turno.
Já discutimos por aqui que o eleitorado, neste momento, demonstra uma tendência em votar em candidatos que já exercem o cargo, desde que bem avaliados. A última pesquisa do Instituto Quaest, divulgada no dia de ontem, 23, indica que 49% do eleitorado carioca sufragariam o nome de Eduardo Paes, enquanto 13% preferem o candidato do bolsonarismo, Alexandre Ramagem, do PL. Não se pode associar o bom posicionamento de Paes a este momento difícil enfrentado pelo candidato Alexandre Ramagem. Paes já vem bem desde o inicio da largada.
O que se poderia supor é se tais encrencas não estariam interditando o avanço do candidato bolsonarista nas pesquisas de intenção de voto. Em meio ao tsunami produzido pelos áudios da Abin paralela - ou ignorando completamente tais fatos - ambos intensificaram a campanha nas últimas semanas. Em artigo recente, uma analista político considera a possibilidade de o ex-presidente apostar exatamente no tribunal das ruas para se contrapor aos embaraços jurídicos que está enfrentando. Isso explica, ao menos, a intensificação dessas movimentações de rua.
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