pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Chefe do Serviço Secreto Americano pede demissão do cargo.
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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Editorial: Chefe do Serviço Secreto Americano pede demissão do cargo.



Serviço Secreto é coisa muito séria. Todo cuidado é pouco. Que o diga Kimberly Cheatle, que acabou pedindo afastamento do cargo de chefe do Serviço Secreto Americano depois do episódio do atentado contra o candidato republicano Donald Trump, considerado o maior fracasso do Serviço Secreto Americano nos últimos anos. Na década de 70, informações fornecidas por um agente do FBI a dois jornalistas do The Washington Post culminaram com a renúncia do presidente Richard Nixon. Era a renúncia ou um impeachment humilhante. 

Dificilmente os jovens repórteres do jornal reuniriam as informações comprometedoras sem o auxílio do "Garganta Profunda", cuja identidade só foi revelada muito anos depois. Recentemente uma revista de circulação nacional aventou a hipótese de confecções de dossiês contra o Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Não raro, surgem na imprensa denúncias de eventuais medidas de retaliações nesses órgãos. A imprensa já se acostumou a tratar nossos órgãos de informações como a Abin de Bolsonaro ou a Abin de Lula, o que, convenhamos, não faz bem para os propósitos republicanos. 

Não vale mais a pena nos aprofundarmos neste assunto, uma vez que a equação é simples. No governo anterior foi feito o que não poderia ter sido feito, no governo atual deixou de ser feito aquilo que seria necessário ser feito. Nos Estados Unidos, a própria chefe do serviço secreto entendeu que ocorreram falhas na segurança do candidato Trump e pediu exoneração do cargo. O rapaz conseguiu burlar a segurança e Trump apenas não morreu por questão de sorte. Virou a cabeça no momento exato do disparo. 

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