pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: A luta do Planalto pelos 171 votos.
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sexta-feira, 25 de março de 2016

A luta do Planalto pelos 171 votos.


gilma arminio serra

O Planalto joga todas as suas fichas para obter os 171 votos fundamentais para impedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente do PMDB, Michel Temer, conspira com os companheiros de agremiação para derrubar a presidente Dilma Rousseff. É o Judas da hora, um traidor contumaz. Até uma viagem programada para Portugal foi adiada pelo vice, em nome das articulações de bastidores pró-impeachment. A composição de um governo pós-Dilma já estaria acertada entre ele e os demais conspiradores. É o PMDB sendo o PMDB. Quando percebem que o barco pode naufragar, eles são os primeiros a abandoná-lo, desde que lhes seja assegurado um porto seguro. Que se danem os interesses do país ou qualquer pudor de ordem republicana.

Diante da conjuntura, o Planalto mudou de estratégia e aposta no varejo político, tratando dessa questão diretamente com os deputados do partido, procurando atender aos seus pleitos. Negocia os nacos do poder, com edições e mais edições do Diário Oficial da União, trazendo aquelas tão esperadas nomeações para algum cargo público. Espera, com isso, ampliar as defecções entre os peemedebistas. Não concordamos com essa prática, mas, neste momento e diante das circunstâncias, parece que não restou outra alternativa ao Planalto.

Noutros tempos, obter 172 votos na Câmara dos Deputados poderia ser uma tarefa aparentemente simples. Mas, diante das circunstâncias políticas claramente adversas, trata-se de uma meta que exige que o governo utilize todo o seu capital político. Melhor dizendo, aquele que ainda resta. O circo está todo armado. Segundo Paulinho da Força Sindical, a votação está programada para ocorrer num dia de "família", quando a população poderá ir às ruas para pressionar a votação dos deputados. É algo bastante lamentável essa urdidura tão bem montada para apear a presidente Dilma Rousseff do poder. Como disse o professor Michel Zaidan, não há razão para que se quebre as regras do jogo, tampouco um respaldo jurídico que justifique um impeachment. Mas, pelo visto, para os seu algozes, isso pouco importa. 

P.S.: do Realpoliitk: 171 votos corresponde a um terço dos Deputados Federais com assento na Câmara dos Deputados. Há de se considerar, aqui, uma série de fatores, como as abstenções no dia da votação, os votos nulos etc.


Acima, uma foto para os livros de História, como disse o cartunista Renato Aroeira. Gilmar Mendes, José Serra e Armínio Fraga. 

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