pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições de 2016, no Recife: Priscila Krause, uma saída pela direita?
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terça-feira, 22 de março de 2016

O xadrez político das eleições de 2016, no Recife: Priscila Krause, uma saída pela direita?





José Luiz Gomes da Silva


Na última semana, com o prazo final da troca das cadeiras partidárias, a movimentação foi intensa no tabuleiro da política pernambucana, com alguns ingredientes especiais no tocante às eleições recifenses. Depois de alguns arranjos - que envolveram as eleições de Caruaru - o PDT fechou com o projeto de reeleição do prefeito Geraldo Júlio(PSB), mesmo contra algumas divergências internas de membros da legenda, que preferiam que o partido seguisse um outro rumo, quiça com uma candidatura própria ao Palácio Antonio Farias. As articulações entre Carlos Lupi, presidente nacional da legenda, os Queiroz e o PSB, no entanto, deixaram os descontentes pelo caminho. Este foi o caso dos Lyras, que resolveram migrar para o ninho tucano, no limiar dos prazos finais, com o propósito de viabilizar a candidatura de Raquel Lyra à Prefeitura da Cidade de Caruaru, nas eleições de 2016.

Os tucanos ainda não decidiram se lançam um voo solo aqui no Recife. A dúvida permanece, sobretudo em  razão dos possíveis acordos costurados entre as duas legendas - PSB-PSDB - no plano nacional e, porque não dizê-lo, também no plano estadual. Há rumores que indicam que os socialistas não criariam problemas para os tucanos em Jaboatão dos Guararapes, ao passo que os tucanos deixariam o caminho livre para Geraldo Júlio tentar se reeleger no Recife. No plano nacional, a pombinha vai afinando o bico  com os tucanos, tudo em nome de uma articulação em torno do apoio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Os Democratas, por sua vez, bateram o martelo em torno da candidatura da Deputada Estadual, Priscila Krause, à Prefeitura da Cidade do Recife. Uma novela que ainda não chegou ao seu final, uma vez que é preciso aparar as arestas entre as duas legendas, PSB/DEM, no Palácio Antonio Farias e no Palácio do Campo das Princesas. Na Prefeitura do Recife, os Democratas já colocaram seus cargos à disposição. Já em relação ao Campo das Princesas, o raciocínio de Mendonça Filho, presidente dos Democratas, é outro. Em tese, eles poderiam continuar como base de apoio do governador Paulo Câmara, mantendo o comando do LAFEPE. Precisariam combinar isso com o Secretário de Governo da Prefeitura do Recife, Sileno Guedes, que aponta nessa postura uma incongruência. Para Sileno, apoio é a medida toda. 

Esta já pode ser considerada uma primeira vitória da Deputada Priscila Krause. Os lances internos para a definição de uma candidatura dos Democratas envolveram várias frentes de articulação no plano nacional e estadual. Priscila, inclusive, tomou alguns chás de cadeira em Brasília, quando tentava negociar com os caciques da legenda. Um dos problemas mais elencados foi a dificuldade de arregimentar recursos financeiros para a candidatura. É difícil dizer o que pesou em favor da candidatura da deputada, mas, o episódio de Salvador, onde os Democratas conseguiram, nas eleições passadas, eleger o filho de Antonio Carlos Magalhães, ACM Neto, dizem, teria pesado na decisão de apostar na candidatura da pernambucana. 

Como já afirmamos em outras ocasiões, Priscila Krause tem um eleitorado consolidado na capital pernambucana. Vai atuar ali pela direita do espectro político, cindindo os votos dos redutos mais conservadores do eleitorado recifense, incensados, quem sabe, por essa onda de "direita" que estamos presenciando. Não duvido que ela possa causar algum estrago ao projeto de reeleição do senhor Geraldo Júlio. Por enquanto, os socialistas se mostraram "desdenhosos" quanto à candidatura da deputada. Faz parte do jogo. 

Nesta cruzada anti-petista, era de se esperar o assanhamento dos redutos mais conservadores da política pernambucana. Quando o Deputado Federal Jair Bolsonaro esteve por aqui, foram grandes as mobilizações de partidos e organizações em torno dele, o que não seria surpresa que surgisse, também, algum nome como representante desse espectro político de ultra-direita, nas eleições de 2016 no Recife. Há quem assegure que ele seria um postulante certo às eleições presidenciais de 2018 e, certamente, a formação de palanques regionais é importante. Por enquanto, confirmados mesmo estão os nomes de Geraldo Júlio(PSB), que tentará a reeleição, e o nome de Priscila Krause, pelo DEM. 


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