pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez politico das eleições municipais de 2016, no Recife: Priscila Krause anuncia que está na disputa
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sexta-feira, 4 de março de 2016

O xadrez politico das eleições municipais de 2016, no Recife: Priscila Krause anuncia que está na disputa



 


No dia de ontem, 03 de março, em evento na Câmara Municipal do Recife, oficializou-se a filiação da vereadora Marília Arraes ao PT. A cerimônia contou com a presença de ilustres integrantes da legenda aqui da província, como o senador e líder do Governo Dilma, Humberto Costa, e o superintendente da SUDENE, ex-prefeito João Paulo de Lima e Silva.Não se pode negar que o PT recebeu Marília Arraes de braços abertos. Sua ficha de filiação à legenda foi abonada pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. 

Na última vez que discutimos este assunto aqui no blog, uma questão ainda ficou sem resposta: Qual o papel que a vereadora Marília Arraes deverá desempenhar nas próximas eleições do Recife, hoje na condição de aliada aos petistas? Até recentemente, pelas redes sociais, a vereadora deixou escapar que João Paulo será o futuro prefeito do Recife. Isso confirma a nossa hipótese de os dois pretenderem se transformar numa dupla infernal,com o propósito de atazanar o projeto de reeleição do prefeito Geraldo Júlio(PSB).

Com o gesto, Marília Arraes abre uma frente dissidente em contraponto aos neo-socialistas tupiniquins e na família Campos/Arraes. Em diversos momentos, que culminaram com o seu desligamento da legenda, Marília Arraes vem dando demonstrações coerência e independência. Consolida-se, no imaginário social recifense, a percepção de que a gestão socialista faz um governo para os estratos sociais mais aquinhoado, deixando os mais empobrecidos fora do seu rol de preocupações.

Creio que, se, de fato, João Paulo pretende candidatar-se deverá construir um discurso acerca do seu legado como prefeito da cidade, cuja gestão olhava com mais carinho para os mais empobrecidos. E olha que ele tem espertise suficiente para demonstrar que, em sua gestão, não houve inversão de prioridades, algo que se tornou lugar comum na atual gestão. O "cuidado com as pessoas",penso, ainda deve sensibilizar bastante o eleitorado. Marília, por sua vez, foi muito mal tratada pelos socialistas da terrinha. Nem lembrava mas desse episódio, mas, em sua carta de despedida da legenda, ela faz referência a uma cadela batizada com o seu nome. Era uma cachorra que, costumeiramente, perambulava pela sede do partido. Uma grosseria inimaginável.

Um outro fato que deve convergir com o "cuidado com as pessoas" é a sua identificação com legado arraesista. Com a crescente descaracterização e decomposição ideológica do PSB, Marília preserva-se como a verdadeira herdeira do legado do Dr. Arraes. Uma possível unidade discursiva pode sr construída entre ambos, Marília e João Paulo. Ele foi um dos que mais festejaram sua chegada ao partido. Vamos acompanhar o que acontece daqui para frente. A candidatura de João Paulo não é prego batido e ponta virada. Isso ainda envolve um longo processo de discussões internas na legenda.

E olha que, discussões, companheiros, continua sendo uma herança que a legenda ainda preserva. Logo que João Paulo anunciou sua intenção de postular ao cargo, projeto que contaria com o apoio de caciques nacionais da legenda, dirigentes locais fizeram questão de alertá-lo que isso passaria pelos canais legitimadores. É certo que, hoje, o partido passa por um processo de oligarquização, mas, o sotaque assembleístico ainda permanece Por outro lado, aqui no Estado, ainda predomina um acentuado grau de divisão interna da legenda, expondo facções contra facções, fragilizando-se diante dos adversários.

Quem soube explorar com maestria esses flancos foi o ex-governador Eduardo Campos que, com suas manobras, impediu que o partido se constituísse numa força política capaz de fazer um contraponto ao eduardismo. Deu o bote no momento certo - a despeito de nossas advertências - e desalojou os petistas do Palácio Antonio Farias. 

Quem continua com movimentação de candidato é o Deputado Federal tucano, Daniel Coelho. Seu nome aparece sempre entre os prováveis candidatos, a despeito dos acordos que poderão vir a ser celebrados, envolvendo o PSB/PSDB, no plano nacional, o que inviabilizaria uma candidatura local do partido. Em todo caso, o tucano, nascido de um ovo chocado no ninho tucano, posto ali por algum cuco. Hoje, mais do que nunca - depois da 24ª fase da Operação Lava Jato - ele coloca o seu bloco na rua. Estará presente nas manifestações contra o Governo Dilma, programadas para o próximo dia 13/03.Espero que ele não se zangue com essa brincadeira do Cuco. O Cuco é uma ave que não choca os seus ovos. Costuma ficar à espreita, retirar os ovos naturais de alguma ave desavisada, colocar os seus no ninho, que deverão ser chocados e tratados por esta ave, como se fossem os seus verdadeiros filhos. A observação vem à calhar porque não segredo para ninguém que Daniel é um tucano atípico.

Por outro lado, bem do lado de lá, leio hoje nos jornais uma matéria repercutindo uma entrevista da Deputada Estadual,Priscila Krause, do DEM, onde ela praticamente oficializa sua candidatura à Prefeitura da Cidade do Recife, em 2016. A jovem deputada anuncia que estará no jogo, sendo muito improvável um recuo. Vale o registro de que Priscila Krause, de fato, se movimenta como candidata já há algum tempo. Sua condição de Deputada Estadual a contingencia a ficar mais de olho no que ocorre no Palácio do Campo das Princesas, mas, quando pode, ela ão deixa de fustigar a gestão do senhor Geraldo Júlio(PSB).

Um dos primeiros obstáculos a serem contornados, é a sua filiação partidária aos democratas, um partido que integra a base de sustentação do prefeito Geraldo Júlio. A parlamentar possui uma base de apoio eleitoral já consolidado na cidade do Recife. 

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