Já faz algum tempo que não publicamos notícias boas por aqui. Peço um pouco de paciência aos nossos diletos leitores para anunciar mais uma notícia ruim. Na realidade estamos vivendo momentos muito delicados na política e na economia. Leitores minimamente informados estão acompanhado as turbulências cotidianas, nos dispensando da necessidade de fazer aqui uma exposição de motivos para chegarmos a essas conclusões.Vou poupá-los dessas mazelas, mas não poderia deixar de comentar o que vem ocorrendo com a Universidade Federal de Pernambuco. Vale a ressalva que o problema vem de Brasília e está relacionado aos cortes de verbas destinados a alunos bolsistas. Cortes de verbas recentes, deixaram o cobertor da Pátria Educadora muito curto.
Aliás, creio que, mantido esse "apagão econômico", não vejo como possamos manter as condições de sustentabilidade das políticas de inclusão social que sempre caracterizaram os governos da coalizão petista. Até mesmo economistas como Marcio Pochmann e Marcelo Neri já alertaram para o problema. E olha que eles são insuspeitos para falarem sobre o assunto. Pochmann chegou a afirmar, com todas as letras, que o legado de conquistas sociais da Era Petista está ameaçado. Ambos economistas são identificados com as políticas redistributivas de renda dos governos Lula/Dilma.
Depois de presidir o IPEA, Marcelo Neri assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos, sempre preocupado com essa questão. No segundo mandato de Dilma, surpreendentemente, entregou o boné, logo no início. Voltou a dar aulas na Fundação Getúlio Vargas. Parecia antever os problemas que enfrentaria pela frente. Pois bem. A tal Pátria Educadora acaba de cortar 3, 4 milhões do auxílio estudantil, o que deixará 7, 2 milhões de estudantes sem bolsa na UFPE. Muitos deverão desistir ou trancar os cursos. É algo que, por conhecer de perto como isso funciona, nos deixam preocupados. Nesse ritmo, a tendência é que os programas sociais do governo estejam irremediavelmente comprometidos.
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