É curiosa essa linhagem familiar dos Brennand. De acordo com estudos publicados por especialistas no assunto, o patriarca da família Brennand chegou ao Brasil, como se diz aqui no Nordeste, com uma mão na frente e a outra atrás. Na verdade a família fez fortuna a partir da união do patriarca com uma grande herdeira da aristocracia açucareira pernambucana. Hoje eles são uma família rica, tradicional, mas, a rigor, originalmente não são da fina-flor das linhagens familiares que se forjaram, sobretudo, na produção do açúcar aqui na região, como os Cavalcanti, os Souza Leão, os Monteiro, os Petribus, entre outros, que alguns autores denominam de açucarocracia.
O grande artista plástico e ceramista Francisco Brennand, por exemplo, sempre estabeleceu uma espécie de link com movimentos populares, como o Movimento de Cultura Popular(MCP), por exemplo, onde chegou a compor o primeiro núcleo de formação desse movimento, inspirado numa experiência francesa, que tinha fortes vinculações com a cultura popular. Desde o dia de ontem, um dos assuntos mais comentados pelas redes sociais é a extradição para o Brasil de um Brennand, o Thiago Brennand, que estava na Arábia Saudita.
A sua prisão foi decretada pelo governo brasileiro, imputando-lhes alguns crimes, pelos quais ele deve responder à justiça. Pelos tribunais das redes sociais, no entanto, ele já está condenado. Nesses momentos de polarização política acirrada, pesa contra Thiago Brennand o fato de o mesmo ter dado declarações de apoio explítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que acirra o ânimo dos antibolsonaristas. Somente hoje, após a audiência de custódia, é que será determinado o local para onde ele deverá ser recolhido.
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