Na terça-feira da próxima semana começa, na cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, a maior feira de agronegócio do mundo, a Agrishow. No evento deste ano, ocorreu um fato inusitado. Seus organizadores decidiram "desconvidar" o Ministro da Agricultura do Governo Lula, Carlos Fávaro, e convidar o ex-presidente Jair Bolsonaro, possivelmente em razão de sua forte presença junto ao eleitorado ligado ao agronegócio, um dos seus suportes eleitorais. A indicação do senador Carlos Fávaro ao cargo gerou muitas polêmicas à epoca, junto aos setores mais políticos do PT, justamente por ele ser do ramo, um pecuarista.
Em contrapartida, o Banco do Brasil, em protesto contra a medida, resolveu retirar o patrocínio do evento. Convites e desconvites a parte, o que fica evidente é que os palanques eleitorais ainda nao foram completamente desmontados. Estamos ainda em acampamentos, o que significa que tais indisposições políticas entre bolsonaristas e petistas devem perdurar pelos próximos anos, prometendo mais alguns rounds, como o da CPMI, por exemplo.
A atitude da Agrishow, mostra, igualmente, que estamos longe de construir padrões de relações republicanas no país. Foi muito deselegante, por parte dos organizadpres, o desconvite ao Ministro da Agricultura, que é o Ministro da Agricultura do país, circunstancialmente, hoje, ocupado por um governo de coalizão petista. O próprio Fávaro entra na cota do PSD, de Gilberto Kassab, um dos homens forte do Governo de Tarcísio de Freitas, que governa o Estado de São Paulo, local do evento. Uma atitude precipitada, infeliz e inconsequente.
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