O desastre em alguns programas de estatização de empresas públicas ou estatais, a nivel global, está levando alguns países a reavaliarem essa questão. Um dos casos mais emblemáticos são as empresas de saneamento básico, que, a nível, mundial, se mostraram inviváveis nas mãos da iniciatva privada e estão voltando ao controle do Estado. Dois outros gravíssimos problemas tem sido as malandragens por trás desses programas de privatizações, estabelecendo-se um conluio entre agentes público e agentes privados, em detrimento do interesse da sociedade.
O outro aspecto diz respeito à narrativa falaciosa da melhoria da qualidade dos serviços, ou seja, a tese de que os agentes privados são melhores administradores do que os agentes públicos. Hoje, estamos eivados de casos que põem por terra essa tese. Um bom exemplos é o Aeroporto Internacional dos Guararapes, aqui no Recife, onde ocorreu um aumento sensível dos preços ali praticados, acompanhado da queda na qualidade dos serviços.
O escândalo das joias das Arábias, serviu, didaticamente, para escancarar o malogro da privatização da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, onde os cofres públicos amargaram um prejuízo de 10 bilhões de reais apenas. Como diria o Ciro Gomes, aí tem. Os Correios nunca estiveram tão bem, nunca deram tantos lucros. Por que privatizar, então? Entregar uma empresa pública rentável, enxuta, bem gerida, nas mãos da iniciativa privada, quase sempre em negociações onde apenas quem leva vantagem são os entes privados?
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