Assim que ocorreram os episódios golpistas do dia 08 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou profundamente sobre as falhas que eventualmente teriam sido cometidas pelos serviços de inteligência do Estado, não poupando ninguém. Lula estava afastado de Brasília, mas informou que, caso tivesse alguma informações sobre aqueles fatos, teria ficado na Capital Federal para eventuais providências. Transparece em sua narrativa, nas entrelinhas, uma eventual suspeita de "sabotagem" deliberada. Ontem, pessoas ligadas à ABIN teriam informado que várias relatórios foram emitidos, dando conta dequeles episódios, o que leva-nos a concluir, como diria nossos avós, que não foi por falta de aviso que eles deixaram de ser combatidos ou repelidos.
A CPMI dos atos golpistas poderá nos ajudar bastante a esclarecer alguns desses fatos, mas sabe aquela tese da "inevitabilidade" do golpe? Pelas informações divulgadas até este momento começamos a cogitar dessa hipótese. Mesmo os atore políticos "legalistas" parecem ter feito corpo mole diante daqueles fatos, como se uma força maior estivesse por trás e não pudesse ser contida. A Festa da Selma, como observou Lula, foi anunciada com muita antecedência pelas redes sociais. Quase impossível que os serviços de inteligência não estivessem inteirados sobre aqueles fatos.
O que pesou para o eventual "corpo mole" dos legalistas, que não esboçaram uma atitude reativa? a questão do corporativismo? A percepção de que a monabra golpista seria exitosa e eles já estaria se "posicionando" para a segunda etapa do jogo golpista? Há uma série de teorias formuladas sobre o malogro da manobra golpista. Nenhuma delas ainda nos convenceram o suficiente. Quem sabe depois dos trabalhos da CPMI possamos ter mais clareza sobre o assunto.
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