Nesse episódio todo, fica patente que o GSI, infelizmente, não estava atuando de forma republicana, como um órgão de Estado. Uma outra questão, levantada pela jornalista Miriam Leitão, é que se torna cada vez mais pertinente uma investigação exaustiva sobre o real papel desempenhado pelos militares na tentativa de golpe do último dia 08 de janeiro. Convém esclarecer, no entanto, que, apesar da leniência do general, todos os outros membros daquele órgão ainda teriam sido indicados pelo gereral Augusto Heleno, homem de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro. Inclusive um tenente-coronel que aparece servido cafezinho aos baderneiros durante a invasão do Palácio do Planalto. Este já teria sido revoncovado a prestar novos depoimentos.
Ricardo Cappelli, homem da estrita confiança do Ministro da Justiça, Flávio Dino, assume interinamente o GSI. Téra uma missão hercúlea pela frente, no sentido de promover uma assepcia republicana naquela órgão, atingido por uma metástase de caráter golpista. talvez seja o caso de desenganá-lo, reestruturando toda essa área de segurança e inteligência de estado, onde o bolsonarismo plantou raízes profundas. Como já afirmamos por aqui em outros momentos, esses órgãos militares e policiais foram sensivelmente atingidos pelo bolsonarismo. Já existia uma "esponja" natural, que acabou sendo umedecido durante o período. Alguma coisa está muito errado num país, onde nos permitimos usar as expressões GSI do Lula ou do Bolsonaro.
Cappelli tem um ótimo currículo e, até recentemente, realizou um excelente trabalho como interventor da Segurança Pública do Distrito Federal. Assume o cargo com mais uma missão espinhosa pela frente, na iminência de abertura de uma CPMI sobre os atos golpistas, que tende a paralisar o Governo Lula logo no seu início, com votações importantíssimas pela frente. Por outro lado, não há mais como segurá-la e o próprio governo já admitite que a sua instauração é irreversível. Pacheco já anunciou que, na próxima semana, sua votação entra na ordem do dia.
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