Não consideramos de bom alvitre se colocar, de um lado, o Deputado Federal André Janones, do outro, Eduardo ou Flávio Bolsonaro, mas parece que é isso que está se desenhando, a priori, na definição dos nomes que deverão compor a CPMI dos atos antidemocráticos de 08 de janeiro - preferimos o termo atos golpistas, embora o antidemocrático tenha se tornado mais convencional entre os órgãos de imprensa. Pelo andar da carruagem política, a briga vai ser feia entre oposição e governo, conforme já se previa.
Em princípio, os nomes já estão escalados, dependendo apenas de alguns ajustes finais. André Janones pode ceder para o Deputado Federal Lindbergh Farias, o que não mudaria muito em termos de estilo e indisposição com os bolsonaristas. Pelo Senado Federal, os nomes do governo são os mesmos da CPI da Covid-19. Omar Aziz, Humberto Costa, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigres. Um time de primeira, a julgar pelos trabalhos da CPI da Covid-19. André Fernandes, do PL, autor do requerimento, terá seus espaço na comissão, assim como o Delegado Ramagem, do PL do Rio de Janeiro.
Alguém estava se perguntando sobre qual o real papel dessas comissões, uma vez que a CPI da Covid-19 não deu em nada. "Nada" é um termo muito forte, mas, de fato, muitos atores poderiam estar hoje encrencado com o relatório final daquela comissão. Os trabalhos foram bem feitos, muitos fatos nebulosos foram revelados, mas este país, infelizmente, como diria o poeta, é o país do tapinha nas costas, da morosidade da justiça, dos "engavetamentos" e outros artifícios sem fim. Os senadores cumpriram, com denodo, a sua missão, liderados pelo grande Omar Aziz.
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