Todas as iniciativas para humanizar o cumprimentos da pena no nosso sistema prisional serão sempre bem-vindas, como o anúncio recente da governadora Raquel Lyra(PSDB-PE),informando que está admitindo mais 420 policiais penais ao quadro de servidores públicos do Estado. Há, igualmente, uma movimentação de pessoal da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado, no sentido de prospectar informações acerca da tecnologia de implantação dos bloqueadores de celulares em unidades prisionais de alguns Estados da Federação.
Em entrevista, no dia de hoje, primeiro de julho, nas páginas do Jornal do Commércio, o Secretário Nacional de Políticas Públicas, André Garcia, afirma que a proposta é bem-vinda e que estaria disposto a colaborar com o estado neste sentido. A atuação dos chefes do crime organizado através deste expediente, reflete diretamente sobre os índices de violência fora dos presídios, inclusive no tocante às mortes violentas intencionais, o principal parâmetro para mensurar o grau de violência entre os entes federados.
Na realidade, há uma enorme controvérsia em torno do assunto. Quando ocorreu aquela fuga no Presídio de Segurança Máxima de Mossoró, o assunto voltou a ser discutido com um especialista, que afirmou que, na verdade, tal sistema poderia, inclusive atrapalhar a segurança nas unidades prisionais, quando de uma rebelião ou fuga, por exemplo, quando os agentes públicos precisam recorrer aos aparelhos para pedirem ajuda.
Aqui mesmo em Pernambuco, por exemplo, ocorreu um caso hilariante de um secretário de direitos humanos que tinha o telefone celular dos líderes de uma rebelião que acabara de eclodir no Complexo Prisional do Aníbal Bruno, numa evidência trágica da banalização do uso desses aparelhos nos presídios.
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