Há uma adágio popular informando que dois bicudos não se beijam. O Governo Trump, desde o início, fez questão de demonstrar sua insatisfação com o Governo Lula 3. Pelas últimas declarações, ainda está amuado, no aguardo de atitudes distintas das sinalizações tímidas desde o início da crise, quem sabe, um pedido de desculpas seria muito bem-vindo. Um dado positivo nesta contenda entre os dois países é que os incontáveis esforços empreendidos pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, embora não tenham provocado uma reação pública do Governo dos Estados Unidos, nos bastidores sugere-se que tenha produzidos seus resultados, como a lista de centenas de produtos que foram excluídos do tal tarifaço.
Até mais do que Lula, sempre muito carrancudo em relação ao assunto, o vice presidente ampliou seu capital político durante este embate. Numa entrevista recente, concedido ao Programa de Ana Maria Braga, da TV Globo, ele observou que sua especialidade é a anestesia. É como se ele tivesse prescrito um calmante com a capacidade de baixar a temperatura política entre os dois países. O diálogo público, no entanto, permanece truncado, embora nos bastidores os esforços estejam sendo considerados pela Casa Branca. Há um esforço dos socialistas para mantê-lo na chapa de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, embora, diante das dificuldades de Lula, a negociação de uma vice com forças do centro-direita pudesse agregar maior capilaridade política à chapa.
Em última análise, ele pode ser intimado a cumprir mais uma dessas missões espinhosas, como uma candidatura ao Palácio Bandeirantes, em 2026, principalmente em se confirmando que Lula deva bater chapa com o governador Geraldo Alckmin. As pesquisas de intenção de voto indicam que ele é um nome competitivo no estado, embora não demonstre grandes entusiasmos com a ideia.

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