pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O pós-Lula no discurso do novo presidente do PT.
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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Editorial: O pós-Lula no discurso do novo presidente do PT.


Bom senso é algo bastante raro nesses dias bicudos e nebulosos que o país atravessa. Por isso mesmo, quando surge algum ator com o equilíbrio necessário para conduzir as coisas neste diapasão, sempre chama a nossa atenção. Já mencionamos por aqui o vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem tratado de forma ordeira, republicana, no campo da negociação diplomática, a crise que se instaurou entre o Brasil e os Estados Unidos em torno das tarifas impostas aos produtos de exportação brasileiros para aqueles país. Hoje o jornal Folha de São Paulo traz uma matéria onde aponta que o vice credenciou-se para continuar como vice numa eventual nova disputa do presidente Lula à Presidência da República. Lula deve disputar a reeleição, uma vez que a saúde está em ordem e ele vem sendo chamado para a briga. 

Prudente não é, mas somente a raposa política maranhense, José Sarney, sugere-se que teve coragem e a liberdade de dizer isso para ele, do alto de seus 95 anos de idade. Como diria a saudosa atriz Dercy Gonçalves, a partir desta idade, tudo está liberado. Segundo comenta-se nos escaninhos da política, são raríssimos os companheiros que exercem alguma ascendência sobre o líder petista, capaz de lhes dizer algumas verdade ou lhes dá conselhos. Em seu discurso como novo Presidente Nacional do PT, Edinho Silva teria alertado os companheiros sobre a necessidade de se pensar no pós-Lula. É verdade. Se continuarmos assim, tão dependente de Lula, o PT, após a sua saída de cena, pode entrar em luto profundo. 

A despeito da oposição interna, quando precisou concorrer com outras três chapas, o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, contou com o apoio de Lula e da ala hegemônica da legenda, a Construindo um Novo Brasil. Aliás, para sermos mais precisos, nem a ala hegemônica esteve fechada em torno do nome de Edinho Silva. Antes das eleições, o timoneiro José Dirceu já havia alertado para um racha gigantesco na legenda caso Lula não intervisse. Isso significa dizer que o partido hoje teria fissuras que podem levar ao rompimento da barragem com uma eventual morte do seu líder maior. Daqui há 40 anos, conforme prevê o próprio Lula, que acredita que viverá até os 120 anos. 

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