Até recentemente, por ocasião do lançamento de um filme realizado a partir de um poema do seu pai, Ronaldo Cunha Lima, ocorreu um encontro entre o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena(PP-PB), e o ex-governador do estado, Cássio Cunha Lima. A família Cunha Lima sempre exerceu forte influência política no estado. Como Cássio Cunha Lima hoje se preocupa, sabiamente, muito mais com os ingredientes dos seus churrascos de final de semana - entregando as missões políticas aos herdeiros do clã - em princípio, não há muita coisa a se especular em torno do encontro. Ademais, o prefeito Cícero Lucena conversa com todo mundo.
A sua base de apoio é eclética, abrindo espaço até mesmo para que ele seja o nome escolhido para representar as forças do campo progressista, que gravita em torno do governador João Azevedo. O problema tem sido exatamente este, ou seja, os arranjos em torno da composição dessa chapa, onde se presume alguns critérios, mas que não estão claros até agora, exceto o apoio ao projeto de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que João Azevedo integra um núcleo mais ideológico ou autêntico do PSB. O apoio da família Cunha Lima é algo que pesa nos arranjos políticos do estado. O deputado federal Pedro Cunha Lima, recentemente filiado ao PSD, está no páreo para uma disputa majoritária.
As conversas da família Cunha Lima estavam mais amadurecidas com o senador Efraim de Moraes, que não esperou muito pelos critérios. Arranjou-se com o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e já lançou o seu nome na disputa pela cadeira do Palácio Redenção. O ex-ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, compõe a chapa na condição de candidato ao Senado Federal pelo estado. Oposicionista ao governo de João Azevedo, talvez este seja um dado a ser considerado, ou seja, a saída dos Cunha Lima agora poderia passar por uma articulação com o prefeito Cícero Lucena.

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