pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Por enquanto, somente notícias ruins.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Editorial: Por enquanto, somente notícias ruins.


Nesses momentos de crise, seria mesmo improvável que ouvíssemos notícias alvissareiras. Os jornais escritos do último domingo, por exemplo capricharam na tinta: aumentos de preços, desemprego, arrochos contra servidores públicos, proibição de novos concursos, índices crescentes de violência. É um cardápio de deixar o indivíduo prostrado no sofá, deprimido, sem apetite para o almoço em família. As redes sociais também não ficam muito atrás. Na última sexta-feira, postamos aqui no blog uma notícia de que os alun@s da escola de referência Ginásio Pernambucano estariam fazendo uma mudança de turno em razão da ausência de fornecimento da merenda escolar. O Estado, pelo que informava a nota, não havia pago aos fornecedores. 

Ontem, domingo, foi a vez de uma unidade da UPA - a de Caxangá, até então muito elogiada - externar todo o descalabro em que se encontra a gestão de saúde do município do Recife. Os médicos dessa unidade, num ato coletivo, entregaram seus cargos, entre outras razões, pelo falta de insumos básicos para atenderem aos pacientes. No apogeu da crise do sistema universitário, creio que no segundo Governo do senhor Fernando Henrique Cardoso, a Universidade Federal de Pernambuco chegou ao fundo do poço. No Núcleo de Educação Física, por exemplo, os alun@s eram contingenciados a levarem papel higiênico de casa, para atenderem às suas necessidades básicas. 

Sabemos que é bastante constrangedor estarmos falando sobre isso numa segunda-feira, mas são fatos. Dizem que a situação de nossa gloriosa UFPE estaria de volta a esses tempos nefastos. Isso para ficarmos apenas nos banheiros do Núcleo de Educação Física. Aqui na província, um certo governador, insiste na sua política de não abrir o jogo sobre a real situação financeira do Estado. Teme se indispor com os parentes do seu padrinho político. Gostaríamos muito de saber até quando ele irá segurar essa onda. Fala-se num rombo de 08 bilhões de reais deixados de herança pelo ex-governador. É aqui que, mais uma vez, se recomenda tomar muito cuidado com as atitudes desses governantes, que respondem às críticas dos cidadãos com processos judiciais. 

Nós não vamos entrar aqui nem no mérito do homem cordial, de Sérgio Buarque de Hollanda, aquele que não conhece a fronteira que separa a res publica dos negócios de família. Começamos a suspeitar que essa gente foi mesmo muito escolada na "maquiagem", na supressão dos reais problemas enfrentados pela população através de uma poderosa engrenagem de publicidade institucional. De um mês para outro, por exemplo, os assaltos a bancos mais do que dobraram no Estado:  18 em agosto; 38 em setembro. E o Pacto pela Vida, governador?





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