Está repercutindo bastante aqui pelas redes sociais uma notícia publicada originalmente pela coluna do jornalista Cláudio Humberto, reproduzida pelo Jornal do Commércio, informando sobre a articulação de uma chapa presidencial, encabeçada pelo tucano Aécio Neves(PSDB), tendo como vice o governador de pernambuco, Paulo Câmara(PSB). Esse é o tipo de notícia que precisa ser muito bem analisada. Embora seja um cidadão muito bem-informado, a credibilidade do senhor Cláudio Humberto já esteve melhor. A articulação entre PSDB/PSB não causa estranheza a ninguém.
Este link, aberto pelo ex-governador Eduardo Campos, vem se aprofundando ao longo dos anos. Nas eleições presidenciais passadas, caso ainda estivesse vivo, havia algumas dúvidas sobre quem o ex-governador apoiaria num segundo turno entre Aécio Neves(PSDB) e Dilma Rousseff(PT). A recepção dada ao senador mineiro aqui na província, pelos dirigentes do PSB e pela família de Eduardo Campos, dissiparam todas as dúvidas. Aqui no Estado, sobretudo em relação às eleições municipais de 2016, no Recife, existem algumas arestas pontuais, mas, num contexto mais amplo, a relação entre os dois grêmios partidários é a melhor possível. A pombinha do PSB, definitivamente, cresceu o bico. A decisão dos socialistas em apoiarem um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma não permitem dúvidas sobre o assunto.
Agora, se considerarmos os atores políticos em campo, as coisas mudam substantivamente de configuração. Primeiro porque a prevalência de Aécio Neves no sentido de disputar as próximas eleições presidenciais não é prego batido e ponta virada no ninho tucano. Há setores do partido que, inclusive, advogam a manutenção das regras do jogo democrático exatamente prevendo dar uma rasteira interna no candidato nas próximas eleições presidenciais.
Depois, não vejo como o nosso governador, Paulo Câmara, possua a capilaridade política suficiente para um pleito dessa natureza. Quem estaria "bancando" essa indicação? a esposa do ex-governador? o escritor Antonio Campos? a direção nacional da legenda socialista, cujas relações com os socialistas da província não são das melhores? São questões que precisam ser respondidas, antes de admitirmos como procedente essa informação. A notícia está parecendo mais uma barriga de segunda-feira.
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