A presidente Dilma Rousseff está mesmo propensa, dentro da reforma ministerial que se aproxima, a entregar o Ministério da Saúde ao PMDB. Eles estão festejando como moscas varejeiras em carne de porco em estado de decomposição. Não vejo analogia melhor para descrever o atual cenário político de Brasília. Pelo andar da carruagem política, este talvez seja mesmo um dos últimos cartuchos da presidente Dilma para tentar salvar o seu mandato que, embora constitucionalmente legítimo, sofre uma assédio sem precedentes.
Mesmo sem um fundamental amparo jurídico, as urdiduras no sentido de retirá-la do poder continuam a todo vapor. Seus algozes haviam dado uma trégua, mas, logo em seguida, voltaram à carga com toda força. As margens de manobra da presidente Dilma diminuem sensivelmente. Enquanto o PMDB festeja a possibilidade de comandarem um ministério como o Ministério da Saúde, seus operadores, nas coxias, obtém o apoio do PSB na eventualidade de um pedido de impeachment. As condições não são nada favoráveis e há pouco tempo para uma reação suficiente para abortar essas investidas.
O PMDB é aquele partido que, como se dizia nos gibis de antigamente, é capaz de tirar doces de criancinhas. Entregar uma pasta ao comando do partido é um salvo conduto ou uma concessão para aquilo que conhecemos muito bem. Mesmo nesses tempos de vacas magras, ainda são polpudas as verbas destinadas àquele ministério. Meu Deus! Aonde chegaremos, dona Dilma Rousseff?
A charge que ilustra essa postagem é do Renato Aroeira.
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