O professor Michel Zaidan é um dos mais ativos e combativos cientistas políticos do Estado. Nunca foi um intelectual de gabinete, participando ativamente das mobilizações sociais em defesa dos direitos sociais; do Estado Democrático de Direito; da gerência democrática, republicana e transparente do Estado. Participa dos debates em sindicatos, universidades, movimentos sociais, Ongs, diretórios acadêmicos, partidos políticos e outras entidades da sociedade civil. Dificilmente recusa um convite para participar de um debate, ministrar um curso, realizar um seminário. Penso que o único critério que orienta o professor é que esses temas se coadunem com as suas diretrizes de pensamento e o livre debate de ideias, que devem conduzir a uma vida em sociedade mais tolerante e justa socialmente.
Até recentemente, realizou um curso sobre ética na política, organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado. Um enorme sucesso, uma plateia atenta aos ensinamentos do mestre. Vale a pena assinalar, igualmente, a intensa participação do professor na imprensa, seja na imprensa escrita, televisionada ou radiofônica, debatendo eleições, gestões públicas, mobilizações sociais, entre outros temas. Sua participação nas redes sociais e na blogosfera tornou-se ativa nos últimos anos. O professor estava entre aqueles que tinha uma "desconfiança" dessas novas ferramentas de comunicação, desconfiança hoje já superada.
Neste sentido, como bem observou o professor, é bastante estranho que os partidos de esquerda, os movimentos sociais, as entidades da sociedade civil organizada, as instituições acadêmicas - como a Universidade Católica de Pernambuco - onde foi aluno - e a UFPE - não publiquem uma nota de repúdio contra essa lei da mordaça, contra o jugo do delito de opinião que está sendo implantada no Estado. Os jornais locais, neste domingo, dia 13, não trazem uma única nota sobre esse episódio, que atenta contra a liberdade de expressão e de opinião. Uma lástima mesmo. Estamos realmente em mal lençóis. Se os milicos, por uma infelicidade voltarem, certamente, encontrarão uma legião de lambe-botas.
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