pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho do Jolugue: E o Moreira Franco foi ao "cozidão" de Jarbas.
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sábado, 12 de setembro de 2015

Tijolinho do Jolugue: E o Moreira Franco foi ao "cozidão" de Jarbas.





A imprensa traz hoje a informação de que a presidente Dilma Rousseff teria identificado em Moreira Franco(PMDB), seu ex-ministro, como o principal nome entre os conspiradores de um suposto pedido de impeachment contra ela. Nunca fui muito simpático a este cidadão, mas, sinceramente, nunca imaginei que ele pudesse ser um dos principais atores envolvidos nessa conspiração. Muito mais pelo seu estilo - normalmente discreto - do que pelo seu caráter, muito semelhante aos demais companheiros de agremiação, o que não surpreenderia se ele tivesse metido até a medula nessa engrenagem política. O que nos leva a concluir que a presidente pode ter razão é um "cozido", recentemente oferecido pelo pernambucano, Jarbas Vasconcelos, em sua residência, na capital federal, onde o senhor Moreira Franco esteve presente. 

Até recentemente, o Deputado Federal Jarbas Vasconcelos, em declarações à imprensa, sugeriu que o Governo da presidente Dilma Rousseff havia acabado e ela se fazia de sonsa, parecendo desconhecer a gravidade do problema. Duas coisas nos impressiona neste cidadão Jarbas Vasconcelos: historicamente, ele foi forjado na luta pela redemocratização do país, sendo um dos mais combativos parlamentares contra a Ditadura Militar, instaurada no país com o golpe civil-militar de 1964. Perfilou, durante muitos anos, entre os autênticos do PMDB. Esse é o dado histórico de sua biografia. 

No tocante ao aspecto conjuntural, até recentemente, manifestava-se contra as tentativas de conspiração contra o mandato da presidente Dilma Rousseff, colocando-se como um ator político identificado com a legalidade. Eis que ele abandona o sossego de um dia ensolarado de domingo - onde poderia convocar os amigos para mais um "cozido", em sua casa de praia -  para participar das manifestações contra a presidente Dilma, naquele dia 16 de agosto, na praia de Boa Viagem. Os fatos que ocorreram em seguida apenas confirmariam aquilo que já se suspeitava, ou seja, ele mudaria de posição, passando a defender o impeachment ou a renúncia da presidente. 

Aliás, ele fala muito em renúncia, como se a presidente Dilma fosse mulher de renunciar a alguma coisa. Informa o parlamentar que o processo seria menos traumático e, com isso, a presidente daria uma demonstração de grandeza. A posição de Michel Temer todos já conhecem. Ela não se orienta por princípio, convicção, mas pelo mais puro oportunismo político. Não teria qualquer remorso em dá uma rasteira na titular do cargo, caso veja nisso uma oportunidade de ampliar o seu poder ou nacos na administração pública, tratada, no Brasil, como um butim dessa gente.  

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