Existem algumas bancadas bem definidas no Congresso Nacional, a exemplo da Bancada da Bala, da Bíblia, do Agro, entre outras. Talvez possamos inserir aqui uma outra bancada, a Bancada da Lacração, formada por um conjunto de parlamentares que se identificam com algumas causas bem específicas, que não propõem nada além disso e utilizam aquele espaço apenas para se locupletarem das benesses auferidas pelo cargo, transformados em verdadeiros picadeiros para as suas performances.
Depois dessas exibições, logo seus seguidores ocupam suas redes sociais para replicarem tais "posições", sempre dentro do politicamente correto, conforme suas convicçções. Um deles ganhou mais de trinta mil seguidores depois de suas atitudes transfóbicas em pleno plenário. É expressivo o número de parlamentares que podem ser perfilados neste perfil, daí a sugestão de identificá-los como a Bancada da Lacração. Se fizermos um esforço, talvez encontremos um substantivo iniciado com a letra "B", para rimar com as demais bancadas.
Por ocasião das manobras institucionais turvas que ocorreram em 2016, quando da derrubada da presidente Dilma Rousseff, depois de algumas leituras, chegamos à conclusão de que havia uma bancada fortíssima, com maior concentração de atuação aqui na região Nordeste, que teve um papel decisivo na derrocada da ex-presidente. Era uma bancada "escravocrata", por sua identificação com práticas de trabalhos análogos à escravidão. Observem que a tal Lista Negra do Trabalho escravo foi praticamente engavetada no Governo do ex-presidente Temer.
O curioso é que o mesmo zelo ou intransigência dessa bancada em defesa de algumas teses não se aplica ao uso do dinheiro público, a julgar por algumas denúncias que estão chegando ao público. Um deles poderia trocar facilmente de profissão. Poderia ser perfeitamente um piloto de fórmula um, uma vez que existem notas de abastecimento - com dinheiro do erário - do seu automóvel, em Brasília e em Belo Horizonte quase que no mesmo horário. Os internautas calcularam que ele deveria ter desenvolvido velocidade de jato para materializar a proeza, o que sugere a eventualidade de malversação.
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