pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Quem, na realidade, abriu as portas do inferno no conflito entre israelenses e palestinos?
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sábado, 7 de outubro de 2023

Editorial: Quem, na realidade, abriu as portas do inferno no conflito entre israelenses e palestinos?



No dia de hoje, 07, o mundo amanheceu estarrecido com as cenas de barbárie ocorridas nos territórios ocupados pelos israelenses na faixa de Gaza. Numa reação surpreendente, grupos radicais palestinos atacaram colonos e soldados judeus nesse território, expulsando-os dos assentamentos, além de protagonizarem cenas de selvageria, com soldados israelenses mortos ou sob tortura. Pessoas civilizadas, independentemente do contexto em que tais atrocidades se tornaram "possíveis", não podem concordar com isso. O outro lado, o lado do estado de Israel, por sua vez, promovem as mesmas carnificinas quando adentram nos territórios ocupados à procura dos integrantes desses grupos radicais palestinos. Jogam seus mísseis sobre alvos civis, matando crianças, idosos e pessoas indefesas. Escolas, hospitais e asilos já foram atingidos nessas incursões, com saldo de centenas de mortos.  
 
Um comandante militar israelense já declarou que o Hamas abriu as portas do inferno e vão pagar pelos seus atos. Que eles arquem com as consequências. Uma reação dura dos israelenses seria uma das previsões mais óbvias. O poderio militar do estado de Israel é infinitamente superior aos recursos militares dos grupos radicais palestinos. A reação poderá resultar numa carnificina, como as ocorridas em outras ocasiões. Em poucas horas de reação do estado judeu, as estatísticas macabras já estão sendo divulgadas: 198 mortos e 1600 pessoas feridas, atendidas em hospitais. 

O jogo de xadrez político naquela região é bastante intrincado, talvez sem uma solução diplomatica, por vias pacíficas, como chegou a sugerir o grande historiador inglês, Eric Howsbawm. Howsbawm chegou a mencionar este conflito como um daqueles que não teriam uma solução. Talvez só termine, como apontava o seu colega dos Estudos Culturais, Stuart Hall, quando um polo esmagar o outro. É isso que acontece com os binômios, daí se entendendo os perigos previstos numa sociedade com índices elevados de polarização,como está se tornando a nossa. Os Estados Unidos, que teve todo o empenho em criar o estado de Israel, por questões militares estratégicas, não move uma palha pela causa palestina. Israel é testa de ferro dos americanos na região.   

A rigor, as portas do inferno foram abertas há um longo tempo e não foi o Hamas que as abriu. Israel ocupou espaços territoriais, depois dos conflitos na região, e, alegando motivos de segurança, não os devolveu aos palestinos, sendo o responsável direto pela violência nesses territórios. Duas questões estão sendo muito discutidas entre os observadores. A primeira diz respeito a uma eventual falha do Mossad, o prestigiado serviço de inteligência do estado de Israel. Tivemos falhas por aqui? É possível. Apesar de sua reconhecida competência, o Mossad já cometeu falhas primárias, quando assassinou, por engano, um suposto terrorista palestino, do Setembro Negro, responsável pela morte de onze atletas israelenses na Olimpíada de Munique. Para completar a trapalhada, os agentes ainda devolveram o carro usado à locadora, facilitando as suas identificações. O ataque do grupo radical Hamas foi bem superior aos anteriores e de surpresa. 

A outra questão é posta pelo editor do blog: Em que se confia o Hamas para promover um ataque tão violento, dessa magnitude, se conhece bem as suas limitações de enfrentamento. Teria alguma carta na manga? Anda circulando alguns vídeos nas redes sociais de supostos militantes do Hezbollah, descendo uma região montanhosa, em direção ao local dos conflitos.    

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